PRIMEIRO DE MAIO DE 2008: CONTRA O ESTADO E O CAPITAL, EM MEMÓRIA DOS MÁRTIRES DE CHICAGO!

Chega mais um Primeiro de Maio e com ele o momento de recordar, na luta, nossos cinco companheiros, trabalhadores anarkistas, que morreram em uma guerra entre as classes sociais (e na qual prosseguimos combatendo até os dias de hoje), e que foram assassinados pelo Estado por que não aceitaram, sem opor resistência, o fato de ter patrões que vivessem de seu trabalho, por que não aceitaram que o Estado e o Capital exigissem um controle sobre suas vidas.

Porém não se trata desses cinco anarkistas; recordamos todos os inumeráveis trabalhadores, sindicalistas, anarkistas, libertários, pessoas com orgulho que morreram por que não aceitaram a idéia da exploração de um ser humano sobre outros seres humanos. Todos eles estão vivos no 1º de Maio como dia internacional de luta da classe operária.

Com as nobres idéias destes em nossos corações, e com nossos sindicatos nas ruas, é como temos que defender nossos direitos e nossas vidas dos ataques ferozes do capitalismo neo-liberal. Hoje, da mesma forma que o faz há mais de cem anos.

Na União Européia (UE) os trabalhadores e as trabalhadoras sofrem com a ruína do Estado de Bem-Estar Social e da expansão crescente da precariedade laboral – com a perda de direitos historicamente adquiridos. A Traição da social-democracia, a incapacidade dos sindicatos burocráticos e de três governos reacionários na centro-europa, só fizeram piorar a situação.

Na América Latina os pobres estão lutando contra o jugo de empresas multinacionais que saqueiam todo o continente, destruindo a natureza e deixando nada além de miséria. Também a África continua sendo apenas um joguete nas mãos de um imperialismo pós-colonial que aviva as chamas das guerras entre os pobres excluídos, deixando o povo morrer de fome e de enfermidades, com o fim de roubar os recursos naturais de todo o continente.

O mundo é redesenhado, com a espada na mão, pelo imperialismo dos U$A, da china, da Europa e da Rússia. Os pobres e a classe trabalhadora continuam sendo massacrados em guerras sem fim, que servem somente aos interesses dos capôs da indústria bélica, de exércitos mercenários particulares e de grupos de poder que ostentam o controle dos recursos naturais.

Nesta situação de crise econômica, guerras e miséria crescentes a Associação Internacional dos Trabalhadores (A.I.T. - I.W.A.) FAZ UM CHAMADO PARA UM 1º de Maio de Luta contra a exploração da classe operária. Faz uma chamada para um 1º de Maio de Solidariedade e Apoio Mútuo, de resistência contra as guerras capitalistas, para a reconquista da dignidade dos trabalhadores: para que tomem seu destino em suas próprias mãos e para que se emancipem dos interesses de burocratas, capitalistas e políticos. A EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA SÓ PODE SER OBRA DOS PRÓPRIOS TRABLAHADORES!

PELO COMUNISMO LIBERTÁRIO E PELA REVOLUÇÃO SOCIAL!

Belgrado, 1° de mayo 2008

Secretariado de la AIT