Marianne Enckell

A A.I.T.: a aprendizagem do sindicalismo e da política

Os operários que se reuniram em Londres, em setembro de 1864, para criar uma associação internacional, queriam, de início, estabelecer um “ponto central de comunicação e cooperação entre os operários dos diferentes países aspirando ao mesmo objetivo: o concurso mútuo, o progresso e a completa libertação da classe operária”[1]; sua associação deveria evitar que os patrões pudessem apelar para os pelegos, deveria apressar o reinado da justiça e da moral, como o diziam naquele momento – em resumo, encarnar a forma de organização do proletariado moderno. Foi o que eles aprenderam a fazer durante vários anos, até que a nova situação política fizesse eclodir as tendências centrífugas no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores, a A.I.T., e permitisse que outros objetivos aparecessem. Vou, de maneira resumida, reconstituir o que se passou para que se chegasse aí.

A Internacional, em seus começos, era apenas uma das múltiplas tentativas da época de federar agrupamentos ou organizações operárias, criar laços fraternos e solidários para além das fronteiras: os proletários começavam a saber que o capital e a dominação zombavam das fronteiras, exceto se uma boa guerra possibilitasse proporcionar dividendos. Eles necessitavam trocar ideias e técnicas de resistência, não queriam mais fazer-se confiscar as revoluções pelos burgueses, como em 1830, como em 1848. As ideias socialistas tomavam forma. O sucesso da “Primeira Internacional” – que só tem esse nome de primeira por causa das que a sucederam, urdindo uma filiação inteiramente inventada – não estava, pois, adquirido de antemão.

Em 1864, os participantes tinham ouvido a “Mensagem inaugural”, redigida por Karl Marx, adotando estatutos, decidindo realizar congressos anuais. Mas aqueles que ali se encontrava, cheios de esperanças e revoltas, provinham do que se chamou “agrupamentos multicolores”[2], que assim permanecerão por vários anos seguintes: sociedades de resistência, sociedades de socorros mútuos, sindicatos, uniões de ofícios, associações, clubes e sociedades de propaganda, de cultura operária, e, inclusive, de ginástica… O texto dos estatutos e o conteúdo da “Mensagem inaugural” permaneciam, para a maioria deles, textos provisórios, e até mesmo abstratos, que se tratava de pôr à prova os dos fatos.

Após cinco anos de aprendizagem – quando dos congressos anuais nos quais se elaborava uma doutrina, quando das greves em que a solidariedade internacional se fazia presente – a A.I.T. está solidamente implantada em alguns países, suas ideias são conhecidas por militantes em muitos outros. Mas a guerra franco-alemã de 1870, depois a terrível repressão contra a Comuna de Paris, impedem a realização de um novo congresso; é então que a convocação de uma conferência privada em Londres, em setembro de 1871, revela o quanto os projetos de alguns para a A.I.T. estavam distantes da prática dos outros. Antes do congresso de Haia de 1872, essa conferência marca o verdadeiro ponto de ruptura e põe um termo ao projeto universal da associação.

No primeiro dia, por exemplo, Marx permite-se afirmar que “o Conselho Geral convocou uma conferência para entrar em acordo com os delegados dos diversos países quanto às medidas a tomar, para proteger-se dos perigos que corre a Associação em um grande número de países, e para proceder a uma nova organização, respondendo às necessidades da situação”. Ora, um ano antes, em agosto de 187, bem antes da Comuna e da vaga de repressão, ele havia proposto uma conferência privada para resolver as questões delicadas que se apresentavam na Internacional, o perigo que ele percebia na influência da corrente reunida em torno de Bakunin. Tratava-se, para Marx, da necessidade de retomar a hegemonia e reafirmar o caráter centralista da organização, tanto quanto daquela de lutar contra os perigos externos.

A conferência de Londres só reuniu vinte e dois delegados, dos quais, treze residentes em Londres, e membros do Conselho Geral, e apenas nove vêm das seções e federações: seis da Bélgica, dois da Suíça e um da Espanha. Este último, o tipógrafo Anselmo Lorenzo, representa a jovem Federação regional espanhola; ele vai rapidamente fazer um duro aprendizado da cabala, ele que, como todos os delegados espanhóis nos congressos posteriores, vem com um mandato preciso e imperativo.

A ordem do dia diz respeito essencialmente à organização, em três pontos: a organização geral da Associação, com a revisão dos estatutos, se necessário, a organização regional da Internacional lá onde as leis não se opuserem a isso, enfim, a organização lá onde as leis do país se opuserem à sua existência.

Essa conferência também vai tratar do conflito suíço, sem que ele seja apresentado, contudo, como um elemento central. Na primavera de 1870, surgiram oposições na Suíça, e duas organizações coabitam, portanto, ambas, o nome de Federação romântica, o que não é admissível pelo Conselho Geral, que exige ter o poder de controlar os conselhos ou comitês federais de cada país e de dirigir-se a um só interlocutor. Uma única das duas federações, por sinal, foi convocada à conferência de Londres. O fato de que a outra – aquela que se tornará, um ano mais tarde, a Federação jurassiana – não reconhece poder decisório ao Conselho Geral, que ela considera como um simples bureau de correspondência, reaviva o velho conflito entre Marx e Bakunin, porque Marx considera-se o chefe oculto dessa organização, porque ele a tem como a reencarnação das antigas sociedades secretas que Bakunin aprazia-se em organizar[3]. Ele não tem dificuldade em fazer com que os “delegados” aceitem o princípio de uma denominação uniforme de todas as seções, o que é evidentemente dirigido contra a seção da Aliança ou as seções de propaganda.

Uma outra questão na ordem do dia é, aparentemente, proposta de maneira ingênua: a atitude da A.I.T. em relação aos governos. É o delegado francês Vaillant que a formula[4]:

Ante uma reação desenfreada […] a Conferência lembra aos membros da Associação que a questão política e a questão social estão indissoluvelmente ligadas, que elas são apenas a dupla face de uma única e mesma questão que a Internacional propôs-se a resolver, a abolição das classes. Os trabalhadores devem reconhecer, não menos que a solidariedade econômica, a solidariedade política que os une, e coligar suas forças não menos no terreno político que no terreno econômico, para o triunfo de sua causa.

A discussão é logo tensionada por essa proposição que, parecendo fundamentar-se no texto dos estatutos, vai, de fato, bem além. Enfim, como, infelizmente, em muitas de nossas reuniões desse tipo, confia-se no Conselho Geral para dar-lhe uma redação final, esta, que dá ao conceito de política um sentido estreito, tornar-se-á claramente inaceitável para numerosas seções e federações. Eis seus termos[5]:

Tendo em vista os considerandos dos estatutos […], a Mensagem inaugural[6] […], considerando […] que contra [o] poder coletivo das classes possuidoras o proletariado não pode agir como classe senão se constituindo a si mesmo como partido político distinto, oposto a todos os antigos partidos formados pelas classes possuidoras […], a conferência lembra aos membros da Internacional que, no estado militante da classe operária, seu movimento econômico e sua ação política estão indissoluvelmente unidos.

O que significa, evidentemente, para Marx e Engels, a supremacia do partido sobre o sindicato e a participação operária nas eleições.

Os delegados davam-se conta do alcance das decisões tomadas em Londres? Miklós Molnar, o primeiro a ter estudado a fundo essa conferência, duvida disso[7]:

Votando a proposição concernindo a denominação [uniforme] das seções, eles não previam que a Internacional, por essa uniformização, engajava-se numa nova forma de organização. […] Concedendo direitos especiais aos membros do Conselho Geral, encarregados de missões definidas, eles ainda não se davam conta em que medida o conjunto das resoluções ia aumentar os poderes do Conselho. Aceitando o projeto de reedição dos estatutos, eles não percebiam todo o alcance dessa decisão.

É isso que suscitará o famoso comentário da Federação jurassiana, durante o congresso realizado em Sonvilier, em 12 de novembro de 1871[8]:

Se há um fato incontestável, mil vezes comprovado pela experiência, é o efeito corruptor que produz a autoridade sobre aqueles em cujas mãos ela é entregue. […] A sociedade futura não deve ser nada além da universalização que a Internacional se tiver dado. Devemos, pois, cuidar para aproximar o máximo possível essa organização de nosso ideal. Como se pode querer que uma sociedade igualitária e livre emane de uma organização autoritária? É impossível. A Internacional, embrião da futura sociedade humana, obriga-se a ser, desde já, a imagem fiel de nossos princípios de liberdade e federação, e excluir de seu seio todo princípio tendendo à autoridade e à ditadura.

Eis um aspecto em relação ao qual James Guillaume dirá que a Internacional prefigura uma forma que certa corrente sindicalista adotará[9].

A questão dos meios e dos fins é uma questão central que a Internacional discute ao longo de sua existência, e não apenas em relação ao texto dos estatutos. As divergências em Londres concernem, aparentemente e sobretudo, ao método empregado, aos direitos dos delegados e dos membros do Conselho Geral, à presença na conferência das filhas de Marx, que não são delegadas de nada, à convocação que não foi enviada a todas as organizações afiliadas; discutem-se os defeitos da tradução dos estatutos, do sentido de “abstenção” em política, do centralismo, do sufrágio censitário; alguns tentam honestamente precisar esses conceitos… O que vale dizer que há divergências de fundo, mas que são pouco reconhecidas como tais. Falando do papel da organização, a maioria dos participantes pensa em ir às coisas concretas em relação às questões “teóricas” amiúde tratadas nos congressos anteriores. Mas é aí que se revela o fosso que separa o projeto de Marx e Engels do que deseja a maioria dos militantes da A.I.T.

Marx e Engels focalizam seu ataque no papel que eles imputam a Bakunin. Um panfleto contra Bakunin é publicado em março de 1872 sob forma de “circular privada” (mais uma!) do Conselho Geral, As pretensas cisões na Internacional. Em resposta, o Bulletin de la Fédération jurassienne publica no mês de junho uma série de cartas e tomadas de posição. Lê-se notadamente:

Nunca desconhecemos a necessidade da organização [citando o Bulletin, nº 4, 1871]: A alavanca da [ação revolucionário socialista] é a Internacional. É só nela que se encontra a salvação da humanidade moderna. E pela Internacional não entendemos apenas tal organização formal que hoje abarca uma parte do proletariado: as organizações são coisa secundária e transitória; elas desenvolvem-se, modificam-se e, algumas vezes, rasgam-se como uma veste demasiado estreita.

A Internacional é uma forma perfectível, mas bem legítima da organização do proletariado; quanto mais universal for, mais deverá aceitar a diversidade em seu seio.

Entretanto, a vida operária prossegue: greves e resistência reforçam-se, seções da Internacional desenvolvem-se na Itália, na Espanha, na Bélgica, na França, apesar de tudo. O congresso de Haia de setembro de 1872 faz má figura nessa história: malgrado seus sessenta e cinco delegados representando organizações de quinze países, é uma operação puramente burocrática. Os primeiros dias passam-se em contestações dos mandatos de uns e de outros e em procedimentos de decisão; em seguida, uma vez eliminados os adversários, os que restam põem-se de acordo brevemente quanto à ação política, retomando textualmente a resolução adotada em Londres no ano precedente (“Em sua luta contra o poder coletivo das classes possuidoras, o proletariado não pode agir como classe senão se constituindo a si mesmo em partido político distinto, oposto a todos os antigos partidos formados pelas classes possuidoras”.) É, pois, um congresso que consagra a ruptura desejada há pelo menos que consagra a ruptura desejada há pelo menos dois anos por Marx e os seus. Eles deverão, contudo, aguardar um quarto de século para assentar sua hegemonia no seio de uma internacional, a “Segunda”[11].

Alguns dias depois do congresso de Haia, em Saint-Imier, um vilarejo do Jura suíço, tornado, desde então, o emblemático local do nascimento do movimento anarquista, realiza-se uma reunião de um tipo muito diferente. Os operários relojoeiros do Vallon, organizados na A.I.T. havia anos, conheceram Bakunin em 1869 e isso provocou faíscas: o encontro entre a prática e a teoria! Ao retornar de Haia, convidaram os excluídos, os dissidentes, os desconcertados para assistir ao seu congresso regional e avaliar com eles as consequências possíveis desse fracasso[12]. Foi assim que muitos espanhóis fizeram uma parada em Saint-Imier no trajeto de volta; para os belgas e os holandeses, o desvio era, talvez, demasiado longo. Em contrapartida, vários delegados italianos apresentaram-se, bem como militantes da Comuna de Paris refugiados na Suíça, representantes das seções francesas e americanas.

As questões apresentadas na ordem do dia são concretas, de aplicação imediata: em seu conteúdo, como provavelmente em sua forma, essa reunião em nada se parece com as de Londres e Haia.

A primeira questão post sobre “a atitude em relação às resoluções de Haia e ao Conselho Geral”: a ruptura é justificada pelo fato de que “a autonomia e a independência das federações e seções operárias são a primeira condição da emancipação dos trabalhadores”.

A segunda questão propõe, para substituir a enfeudação ao Conselho Geral, a conclusão de um “pacto de amizade, solidariedade e defesa mútua entre as federações livres” estabelecendo entre elas uma correspondência direta e uma defesa solidária, para “o bem-estar dessa grande unidade da Internacional”.

O terceiro ponto, o mais conhecido e citado pela tradição, diz respeito à “natureza da ação política do proletariado”: é aí que está dito que “a destruição de todo poder político é o primeiro dever do proletariado”, que “toda organização de um poder político pretensamente provisório e revolucionário para levar a essa destruição só pode ser mais uma enganação, e seria tão perigosa para o proletariado quanto todos os governos hoje existentes”, e que “os proletários de todos os países devem estabelecer, fora de toda política burguesa, a solidariedade da ação revolucionária”. Difícil fazer mais simples, mais claro!

Enfim, voltando ao cotidiano dos trabalhadores, o congresso propõe-se a refletir na “organização universal da resistência e [em] quadros completos da estatística do trabalho […]. Deixando à prática da revolução social os detalhes da organização positiva, entendemos organizar e solidarizar a resistência numa larga escala”.

***


Após os congressos de Haia e de Saint-Imier, as coisas ficaram mais claras, e duas estratégias serão adotadas; ambas sabendo mostrar suas capacidades. Uns escolheram o primado da ação política tradicional e a constituição de partidos operários; era forçosamente matar a Internacional. O que se chamou de Segunda, depois Terceira Internacional, será algo totalmente diferente, a reunião de partidos políticos nacionais professando uma doutrina única ou se submetendo a ela. Os outros optaram pela “solidariedade da ação revolucionária” entre proletários, e sua Internacional viverá vários anos nessa base. Em uma década, a prática e a teoria deram passos de gigante; se, dos antigos militantes, muitos morreram ou se retiraram da vida ativa, grupos e seções adquiriram sua autonomia e prosseguiram a propaganda por todos os meios, malgrado a crise econômica que golpeava a maioria dos ramos industriais. É precisamente por volta de 1880 que se constitui o movimento anarquista propriamente dito; é durante esses anos que vemos surgir as primeiras confederações sindicais, que os partidos socialistas e social-democratas assumem formas modernas. Todavia, não haverá mais organização internacional universal do proletariado.

O último congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores realiza-se em 1877, na Bélgica. O debate concernente aos meios é proposto pelo delegado da Federação regional espanhola nos seguintes termos:

A linha de conduta adotada na Espanha é a propaganda pelo fato e a separação de todas as organizações burguesas. [É proposto solicitar] a opinião das federações quanto a essa maneira de ação. [13]

Recém-criado, o termo “propaganda pelo fato” recobre situações tão dessemelhantes quanto emblemáticas: a intervenção de manifestantes numa igreja de São Petersburgo em dezembro de 1876, a comemoração enérgica da Comuna de Paris nas ruas de Berna, em março de 1877, e, um mês mais tarde, a tentativa de insurreição nos vilarejos de Benevento, na Itália; enfim, no mesmo ano, as greves nas ferrovias americanas, que desembocaram em verdadeiras insurreições em Baltimore e Pittsburgh. Todas as vezes, se a repressão policial ou militar foi feroz, a população acolheu de preferência favoravelmente os movimentos.

O Boletim da Federação jurassiana, então redigido por Paul Brousse e Piotr Kropotkin, teoriza essas novas táticas:

Atacados, que se lute, que se defenda, que se seja vencido, pouco importa! A ideia será lançada, não num papel, não num jornal, não em um quadro, ela não será mais esculpida em mármore, talhada em pedra, nem fundida em bronze: ela avançará, em carne e osso, viva, diante do povo. O povo a saudará em sua passagem. [14]

É esta posição que o congresso internacional de Verviers adota em termos gerais. Desde o ano seguinte, a Federação jurassiana já não participa, mas em seus próprios congressos, ela aprofunda as questões da autonomia, do federalismo e do internacionalismo. Seu canto do cisne será, paradoxalmente, um texto programático: aquele que a Federação da região de Saint-Imier apresenta à discussão do congresso de 1880, pela voz de seu secretário Adhémar Schwitzguébel[15]. Ressaltando notadamente a necessidade da organização “do ponto de vista da ação preparatória da revolução e da ação revolucionária, ela própria”, ele sublinha que

as sociedades de ofício, os círculos de estudo e de propaganda, as federações operárias locais, regionais e internacionais, as conspirações socialistas e revolucionárias são todas formas diversas que satisfazem às necessidades de organizações dos diferentes meios econômicos, políticos e sociais. Não temos, pois, em matéria de organização, forma absoluta; todas têm sua razão de ser seguindo as situações e os objetivos especiais pelos quais elas trabalham para a realização do objetivo geral.

Eis-nos aqui de volta aos agrupamentos multicolores do começo de nossa história: é “a aplicação do princípio de autonomia” e do federalismo que lhe é complementar. Isso também quer dizer que a divergência que a maioria dos historiadores viu, entre a corrente da propaganda pelo fato e a corrente socialista, não tem absolutamente fundamento, que o estudo da química e o da estatística são ambos importantes.

[1] Estatutos da A.I.T., artigo 1.

[2] Miklós Molnar, Le Déclin de la Première Internationale : la conférence de Londres de 1871. Genebra, Droz, 1963, p. 34.

[3] Jacques Toublet, em Réfractions, nº 5, primavera de 2000, atribuindo a Bakunin em pessoa concepções sobre a organização e o militantismo na A.I.T., corre o risco de entrar nesse jogo de oposições ad hominem; ele deveria ao menos ter ressaltado o quanto isso foi inspirado a Bakunin pela frequentação cotidiana das seções do Jura suíço.

[4] La Première Internationale, recueil de documents, Genebra, Droz, 1962, vol. II, pp. 191s.

[5] Ibid, pp. 235s.

[6] Está escrito, com efeito, que “a conquista do poder político tornou-se o primeiro dever da classe operária”; mas se trata de um discurso de abertura e não de um texto fundador.

[7] Molnar, op. cit., p. 93.

[8] Circular a todas as federações da Associação Internacional dos Trabalhadores, La Première Internationale, op. cit., vol. II, p. 263.

[9] James Guillaume, L’Internationale, documents et souvenirs. Paris, Stock, 1910, tomo IV, p. vii.

[11] Ver Augustin Hamon, Le Socialisme et le Congrès de Londres, Paris, Stock, 1897. Ferdinand Domela Nieuwenhuis, Le Socialisme en danger, Paris, Stock, reedição de 1975.

[12] Ata e resoluções in La Première Internationale, vol. III, pp. 3-9. Ver também Marianne Enckell, La Fédération jurassienne, Dole-Saint-Imier, Canevas Éditions, 1991.

[13] La Première Internationale, vol. IV, p. 519. Em relação a este tema, ver notadamente Rentsch, Vincent, “La Propagande par le fait vue à travers la presse anarchiste”, dissertação de mestrado em História, Universidade de Genebra, 1998.

[14] Boletim, 5 de agosto de 1877; citado por Guillaume, op. cit., pp. 226s.

[15] Programme socialiste: mémoire présenté au Congrès jurassien de 1880 par la Fédération ouvrière du district de Bourtelary; Genève, Imprimerie jurassienne, 1880, 32p. No exemplar pertencente ao British Museum, uma nota manuscrita de Kropotkin indica que esse texto seria da mão de Schwitzguébel.


COLOMBO, Eduardo et al. História do movimento operário revolucionário. Tradução: Plínio Augusto Coelho. São Paulo: Imaginário; São Caetano do Sul: IMES, Observatório de Políticas Sociais, 2004. pp. 35-44.