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\title{Teses para a Abolição do Trabalho}
\date{14\Slash{}11\Slash{}1970}
\author{Organização Conselhista}
\subtitle{}
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\begin{document}
\begin{titlepage}
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\tableofcontents
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\cleardoublepage
\begin{enumerate}[1.]
\item\relax
A ideologia do trabalho é o estratagema com que a sociedade atual consegue retardar sua ultrapassagem, já agora possível, no sentido de uma sociedade sem classes e livre da escravidão do trabalho.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=2]
\item\relax
O mercado mundial, na sua última fase: a troca de mercadorias materiais subsiste apenas como forma econômica em vias de superação; a forma mais evoluída, doravante realizada em escala planetária, é a troca de mercadorias ideológicas.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=3]
\item\relax
As ideologias, fundamento da atual riqueza das nações, são as mercadorias em sua moderna versão: o seu valor é proporcional à duração do consenso que conseguem garantir. Elas são a forma pela qual se manifesta o capital, e é através delas que o poder se exerce.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=4]
\item\relax
A ideologia permutada entre os estados, inclusive os "comunistas", será posteriormente distribuída ao proletariado, para ser consumida, no varejo. Vem imposta sob a forma de leis naturais: o trabalho como maldição contínua e a produção como necessidade inelutável.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=5]
\item\relax
Porém, a lógica do trabalho contém as condições para sua total superação. O capital poderia, hoje, reduzir o tempo de trabalho à metade: as forças que se dizem revolucionárias incluem nos seus objetivos a redução progressiva do tempo de trabalho, já que representam assim o dissenso consentido.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=6]
\item\relax
A produção imposta de mercadorias materiais e o consumo imposto de mercadorias ideológicas se identificam, e o regime salarial ocupa as 24 horas do dia, alternando as duas imposições. A jornada de trabalho é, doravante, de 24 horas: vida produtiva e vida cotidiana coincidem, desde já, na sua miséria.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=7]
\item\relax
Nenhuma forma de trabalho assalariado, mesmo que uma possa minimizar os inconvenientes da outra, pode eliminar os inconvenientes do próprio trabalho assalariado. Portanto, é necessário que o pensamento se arme durante a ação.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=8]
\item\relax
Na revolta proletária de Reggio Calabria - como antes, nas de Casetta e Battipaglia -, isso aconteceu. O proletariado se constituiu em ralé para lançar seu desafio consciente à inconsciência da ordem constituída. A solidão do proletariado, a aparência obscena e ameaçadora de suas insurreições deixam consternados seus opressores e falsos protetores.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=9]
\item\relax
Os companheiros napolitanos e os devastadores calabreses esclareceram, de uma vez por todas, que a nova luta espontânea começa sob o aspecto criminal e se lança na destruição das máquinas do consumo permitido.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=10]
\item\relax
Hoje, em Reggio, os motivos de revolta são considerados "fúteis". De fato, o proletariado não tem alguns motivos para rebelar-se, porque os têm todos; não há reivindicações particulares a apresentar ao poder, porque seu objetivo é a destruição de todo poder que não seja exercido pelos conselhos proletários.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=11]
\item\relax
Os Conselhos Proletários não exigirão nada menos do que a destruição desta sociedade, a abolição do trabalho, a eliminação violenta de toda instituição separada (escolas, fábricas, prisões, igrejas, partidos etc.), após o que existirá o poder decisório de cada um no poder unitário e absoluto dos Conselhos.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=12]
\item\relax
Os Conselhos Proletários nada mais serão do que o início da construção, por todos, da vida livre e feliz hoje relegada aos desejos e sonhos produzidos pela infelicidade da atual sobrevivência.
\end{enumerate}
\bigskip
\begin{enumerate}[1., start=13]
\item\relax
Proletários conscientes, que a maldição do trabalho seja maldita, que a inelutabilidade da produção se transforme no seu luto.
\end{enumerate}
\section{Páginas originais}
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\centering
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\end{figure}
\clearpage
\begin{figure}[p]
\centering
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\clearpage
% begin final page
\clearpage
% new page for the colophon
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\begin{center}
Biblioteca Anarquista
\bigskip
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\bigskip
\end{center}
\strut
\vfill
\begin{center}
Organização Conselhista
Teses para a Abolição do Trabalho
14\Slash{}11\Slash{}1970
\bigskip
Backup da Biblioteca Virtual Revolucionária (GeoCities) disponível em \href{https://libcom.org/library/arquivo-com-o-conte\%C3\%BAdo-completo-da-biblioteca-virtual-revolucion\%C3\%A1ria}{https:\Slash{}\Slash{}libcom.org\Slash{}library\Slash{}arquivo-com-o-conte\%C3\%BAdo-completo-da-biblioteca-virtual-revolucion\%C3\%A1ria}
Publicado originalmente na revista "Acheronte", Turim, páginas 1 e 2, sob o título "Comunicazioni interne dell'Organizzazione consiliare" em 14\Slash{}11\Slash{}1970. Original disponível em \href{http://www.nelvento.net/critica/acheronte70/pag01.htm}{http:\Slash{}\Slash{}www.nelvento.net\Slash{}critica\Slash{}acheronte70\Slash{}pag01.htm}, arquivado em \href{http://web.archive.org/web/20200131204151/http://www.nelvento.net/critica/acheronte70/pag01.htm}{http:\Slash{}\Slash{}web.archive.org\Slash{}web\Slash{}20200131204151\Slash{}http:\Slash{}\Slash{}www.nelvento.net\Slash{}critica\Slash{}acheronte70\Slash{}pag01.htm}
\bigskip
\textbf{bibliotecaanarquista.org}
\end{center}
% end final page with colophon
\end{document}
% No format ID passed.