Sébastien Faure
La Ravachole
Introdução
Esta canção é uma paródia da La Carmagnole, canção que exaltava feitos dos Sans Cullote em diversos episódios da Revolução Francesa. A paródia fala sobre os feitos de Ravachol, a principal face do movimento de Propaganda pelo Ato - a eliminação direta e aberta de membros da elite como um chamado à revolta popular.
A música faz referências à diversas músicas e danças populares do período da Revolução Francesa, inclusive à música oficial do Diretório "ça Ira" (literalmente, "isso vai", gíria para "terminará bem").
Foi publicada pela primeira vez no semanário Le père Peinard (O pai Peinard), de Émile Pouget, em 1894. Na publicação original não houve indicação de autoria, mas posteriormente foi atribuída à Sébastien Faure, tendo sido composta em 1983, um ano após a execução de Ravachol.
Letra
Na grande cidade de Paris,
Têm burgueses bem nutridos,
Existem os miseráveis,
De estômago vazio:
Os velhos são sovinas,
Viva o som, viva o som,
Os velhos são sovinas,
Viva o som
Da explosão!
Refrão:
Dancemos a Ravachole
Viva o som, Viva o som,
Dancemos a Ravachole
Viva o som
Da explosão!
Ah ça ira ça ira ça ira
Todos os burgueses vão experimentar a bomba
Ah ça ira ça ira ça ira
Explodiremos toda a burguesia
Vamos explodí-los!
Têm magistrados bem vendidos,
Têm magistrados bem vendidos,
Têm banqueiros bem inchados,
Têm banqueiros bem inchados,
E há os policiais,
Mas para todos esses patifes,
Existe a dinamite,
Viva o som, Viva o som,
Existe a dinamite,
Viva o som
Da explosão!
Dancemos a Ravachole
Viva o som, Viva o som,
Dancemos a Ravachole
Viva o som
Da explosão!
Têm os senadores senis,
Têm os deputados podres,
E há os generais,
Assassinos e executores,
Carniceiros de uniforme,
Viva o som, Viva o som,
Carniceiros de uniforme,
Viva o som
Da explosão!
Dancemos a Ravachole
Viva o som, Viva o som,
Dancemos a Ravachole
Viva o som
Da explosão!
Ah, maldição, chegou o dia de acabar,
Ah, maldição, chegou o dia de acabar,
Já cansamos de sofrer,
Já cansamos de sofrer,
Não a meias guerras,
Não a buracos de covardia,
Morte a burguesia!
Viva o som, Viva o som,
Morte a burguesia!
Viva o som
Da explosão!