Título: A A.I.T.: a aprendizagem do sindicalismo e da política
Fonte: COLOMBO, Eduardo et al. História do movimento operário revolucionário. Tradução: Plínio Augusto Coelho. São Paulo: Imaginário; São Caetano do Sul: IMES, Observatório de Políticas Sociais, 2004. pp. 35-44.

Os operários que se reuniram em Londres, em setembro de 1864, para criar uma associação internacional, queriam, de início, estabelecer um “ponto central de comunicação e cooperação entre os operários dos diferentes países aspirando ao mesmo objetivo: o concurso mútuo, o progresso e a completa libertação da classe operária”[1]; sua associação deveria evitar que os patrões pudessem apelar para os pelegos, deveria apressar o reinado da justiça e da moral, como o diziam naquele momento – em resumo, encarnar a forma de organização do proletariado moderno. Foi o que eles aprenderam a fazer durante vários anos, até que a nova situação política fizesse eclodir as tendências centrífugas no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores, a A.I.T., e permitisse que outros objetivos aparecessem. Vou, de maneira resumida, reconstituir o que se passou para que se chegasse aí.

A Internacional, em seus começos, era apenas uma das múltiplas tentativas da época de federar agrupamentos ou organizações operárias, criar laços fraternos e solidários para além das fronteiras: os proletários começavam a saber que o capital e a dominação zombavam das fronteiras, exceto se uma boa guerra possibilitasse proporcionar dividendos. Eles necessitavam trocar ideias e técnicas de resistência, não queriam mais fazer-se confiscar as revoluções pelos burgueses, como em 1830, como em 1848. As ideias socialistas tomavam forma. O sucesso da “Primeira Internacional” – que só tem esse nome de primeira por causa das que a sucederam, urdindo uma filiação inteiramente inventada – não estava, pois, adquirido de antemão.

Em 1864, os participantes tinham ouvido a “Mensagem inaugural”, redigida por Karl Marx, adotando estatutos, decidindo realizar congressos anuais. Mas aqueles que ali se encontrava, cheios de esperanças e revoltas, provinham do que se chamou “agrupamentos multicolores”[2], que assim permanecerão por vários anos seguintes: sociedades de resistência, sociedades de socorros mútuos, sindicatos, uniões de ofícios, associações, clubes e sociedades de propaganda, de cultura operária, e, inclusive, de ginástica… O texto dos estatutos e o conteúdo da “Mensagem inaugural” permaneciam, para a maioria deles, textos provisórios, e até mesmo abstratos, que se tratava de pôr à prova os dos fatos.

Após cinco anos de aprendizagem – quando dos congressos anuais nos quais se elaborava uma doutrina, quando das greves em que a solidariedade internacional se fazia presente – a A.I.T. está solidamente implantada em alguns países, suas ideias são conhecidas por militantes em muitos outros. Mas a guerra franco-alemã de 1870, depois a terrível repressão contra a Comuna de Paris, impedem a realização de um novo congresso; é então que a convocação de uma conferência privada em Londres, em setembro de 1871, revela o quanto os projetos de alguns para a A.I.T. estavam distantes da prática dos outros. Antes do congresso de Haia de 1872, essa conferência marca o verdadeiro ponto de ruptura e põe um termo ao projeto universal da associação.

No primeiro dia, por exemplo, Marx permite-se afirmar que “o Conselho Geral convocou uma conferência para entrar em acordo com os delegados dos diversos países quanto às medidas a tomar, para proteger-se dos perigos que corre a Associação em um grande número de países, e para proceder a uma nova organização, respondendo às necessidades da situação”. Ora, um ano antes, em agosto de 187, bem antes da Comuna e da vaga de repressão, ele havia proposto uma conferência privada para resolver as questões delicadas que se apresentavam na Internacional, o perigo que ele percebia na influência da corrente reunida em torno de Bakunin. Tratava-se, para Marx, da necessidade de retomar a hegemonia e reafirmar o caráter centralista da organização, tanto quanto daquela de lutar contra os perigos externos.

A conferência de Londres só reuniu vinte e dois delegados, dos quais, treze residentes em Londres, e membros do Conselho Geral, e apenas nove vêm das seções e federações: seis da Bélgica, dois da Suíça e um da Espanha. Este último, o tipógrafo Anselmo Lorenzo, representa a jovem Federação regional espanhola; ele vai rapidamente fazer um duro aprendizado da cabala, ele que, como todos os delegados espanhóis nos congressos posteriores, vem com um mandato preciso e imperativo.

A ordem do dia diz respeito essencialmente à organização, em três pontos: a organização geral da Associação, com a revisão dos estatutos, se necessário, a organização regional da Internacional lá onde as leis não se opuserem a isso, enfim, a organização lá onde as leis do país se opuserem à sua existência.

Essa conferência também vai tratar do conflito suíço, sem que ele seja apresentado, contudo, como um elemento central. Na primavera de 1870, surgiram oposições na Suíça, e duas organizações coabitam, portanto, ambas, o nome de Federação romântica, o que não é admissível pelo Conselho Geral, que exige ter o poder de controlar os conselhos ou comitês federais de cada país e de dirigir-se a um só interlocutor. Uma única das duas federações, por sinal, foi convocada à conferência de Londres. O fato de que a outra – aquela que se tornará, um ano mais tarde, a Federação jurassiana – não reconhece poder decisório ao Conselho Geral, que ela considera como um simples bureau de correspondência, reaviva o velho conflito entre Marx e Bakunin, porque Marx considera-se o chefe oculto dessa organização, porque ele a tem como a reencarnação das antigas sociedades secretas que Bakunin aprazia-se em organizar[3]. Ele não tem dificuldade em fazer com que os “delegados” aceitem o princípio de uma denominação uniforme de todas as seções, o que é evidentemente dirigido contra a seção da Aliança ou as seções de propaganda.

Uma outra questão na ordem do dia é, aparentemente, proposta de maneira ingênua: a atitude da A.I.T. em relação aos governos. É o delegado francês Vaillant que a formula[4]:

Ante uma reação desenfreada […] a Conferência lembra aos membros da Associação que a questão política e a questão social estão indissoluvelmente ligadas, que elas são apenas a dupla face de uma única e mesma questão que a Internacional propôs-se a resolver, a abolição das classes. Os trabalhadores devem reconhecer, não menos que a solidariedade econômica, a solidariedade política que os une, e coligar suas forças não menos no terreno político que no terreno econômico, para o triunfo de sua causa.

A discussão é logo tensionada por essa proposição que, parecendo fundamentar-se no texto dos estatutos, vai, de fato, bem além. Enfim, como, infelizmente, em muitas de nossas reuniões desse tipo, confia-se no Conselho Geral para dar-lhe uma redação final, esta, que dá ao conceito de política um sentido estreito, tornar-se-á claramente inaceitável para numerosas seções e federações. Eis seus termos[5]:

Tendo em vista os considerandos dos estatutos […], a Mensagem inaugural[6] […], considerando […] que contra [o] poder coletivo das classes possuidoras o proletariado não pode agir como classe senão se constituindo a si mesmo como partido político distinto, oposto a todos os antigos partidos formados pelas classes possuidoras […], a conferência lembra aos membros da Internacional que, no estado militante da classe operária, seu movimento econômico e sua ação política estão indissoluvelmente unidos.

O que significa, evidentemente, para Marx e Engels, a supremacia do partido sobre o sindicato e a participação operária nas eleições.

Os delegados davam-se conta do alcance das decisões tomadas em Londres? Miklós Molnar, o primeiro a ter estudado a fundo essa conferência, duvida disso[7]:

Votando a proposição concernindo a denominação [uniforme] das seções, eles não previam que a Internacional, por essa uniformização, engajava-se numa nova forma de organização. […] Concedendo direitos especiais aos membros do Conselho Geral, encarregados de missões definidas, eles ainda não se davam conta em que medida o conjunto das resoluções ia aumentar os poderes do Conselho. Aceitando o projeto de reedição dos estatutos, eles não percebiam todo o alcance dessa decisão.

É isso que suscitará o famoso comentário da Federação jurassiana, durante o congresso realizado em Sonvilier, em 12 de novembro de 1871[8]:

Se há um fato incontestável, mil vezes comprovado pela experiência, é o efeito corruptor que produz a autoridade sobre aqueles em cujas mãos ela é entregue. […] A sociedade futura não deve ser nada além da universalização que a Internacional se tiver dado. Devemos, pois, cuidar para aproximar o máximo possível essa organização de nosso ideal. Como se pode querer que uma sociedade igualitária e livre emane de uma organização autoritária? É impossível. A Internacional, embrião da futura sociedade humana, obriga-se a ser, desde já, a imagem fiel de nossos princípios de liberdade e federação, e excluir de seu seio todo princípio tendendo à autoridade e à ditadura.

Eis um aspecto em relação ao qual James Guillaume dirá que a Internacional prefigura uma forma que certa corrente sindicalista adotará[9].

A questão dos meios e dos fins é uma questão central que a Internacional discute ao longo de sua existência, e não apenas em relação ao texto dos estatutos. As divergências em Londres concernem, aparentemente e sobretudo, ao método empregado, aos direitos dos delegados e dos membros do Conselho Geral, à presença na conferência das filhas de Marx, que não são delegadas de nada, à convocação que não foi enviada a todas as organizações afiliadas; discutem-se os defeitos da tradução dos estatutos, do sentido de “abstenção” em política, do centralismo, do sufrágio censitário; alguns tentam honestamente precisar esses conceitos… O que vale dizer que há divergências de fundo, mas que são pouco reconhecidas como tais. Falando do papel da organização, a maioria dos participantes pensa em ir às coisas concretas em relação às questões “teóricas” amiúde tratadas nos congressos anteriores. Mas é aí que se revela o fosso que separa o projeto de Marx e Engels do que deseja a maioria dos militantes da A.I.T.

Marx e Engels focalizam seu ataque no papel que eles imputam a Bakunin. Um panfleto contra Bakunin é publicado em março de 1872 sob forma de “circular privada” (mais uma!) do Conselho Geral, As pretensas cisões na Internacional. Em resposta, o Bulletin de la Fédération jurassienne publica no mês de junho uma série de cartas e tomadas de posição. Lê-se notadamente:

Nunca desconhecemos a necessidade da organização [citando o Bulletin, nº 4, 1871]: A alavanca da [ação revolucionário socialista] é a Internacional. É só nela que se encontra a salvação da humanidade moderna. E pela Internacional não entendemos apenas tal organização formal que hoje abarca uma parte do proletariado: as organizações são coisa secundária e transitória; elas desenvolvem-se, modificam-se e, algumas vezes, rasgam-se como uma veste demasiado estreita.

A Internacional é uma forma perfectível, mas bem legítima da organização do proletariado; quanto mais universal for, mais deverá aceitar a diversidade em seu seio.

Entretanto, a vida operária prossegue: greves e resistência reforçam-se, seções da Internacional desenvolvem-se na Itália, na Espanha, na Bélgica, na França, apesar de tudo. O congresso de Haia de setembro de 1872 faz má figura nessa história: malgrado seus sessenta e cinco delegados representando organizações de quinze países, é uma operação puramente burocrática. Os primeiros dias passam-se em contestações dos mandatos de uns e de outros e em procedimentos de decisão; em seguida, uma vez eliminados os adversários, os que restam põem-se de acordo brevemente quanto à ação política, retomando textualmente a resolução adotada em Londres no ano precedente (“Em sua luta contra o poder coletivo das classes possuidoras, o proletariado não pode agir como classe senão se constituindo a si mesmo em partido político distinto, oposto a todos os antigos partidos formados pelas classes possuidoras”.) É, pois, um congresso que consagra a ruptura desejada há pelo menos que consagra a ruptura desejada há pelo menos dois anos por Marx e os seus. Eles deverão, contudo, aguardar um quarto de século para assentar sua hegemonia no seio de uma internacional, a “Segunda”[11].

Alguns dias depois do congresso de Haia, em Saint-Imier, um vilarejo do Jura suíço, tornado, desde então, o emblemático local do nascimento do movimento anarquista, realiza-se uma reunião de um tipo muito diferente. Os operários relojoeiros do Vallon, organizados na A.I.T. havia anos, conheceram Bakunin em 1869 e isso provocou faíscas: o encontro entre a prática e a teoria! Ao retornar de Haia, convidaram os excluídos, os dissidentes, os desconcertados para assistir ao seu congresso regional e avaliar com eles as consequências possíveis desse fracasso[12]. Foi assim que muitos espanhóis fizeram uma parada em Saint-Imier no trajeto de volta; para os belgas e os holandeses, o desvio era, talvez, demasiado longo. Em contrapartida, vários delegados italianos apresentaram-se, bem como militantes da Comuna de Paris refugiados na Suíça, representantes das seções francesas e americanas.

As questões apresentadas na ordem do dia são concretas, de aplicação imediata: em seu conteúdo, como provavelmente em sua forma, essa reunião em nada se parece com as de Londres e Haia.

A primeira questão post sobre “a atitude em relação às resoluções de Haia e ao Conselho Geral”: a ruptura é justificada pelo fato de que “a autonomia e a independência das federações e seções operárias são a primeira condição da emancipação dos trabalhadores”.

A segunda questão propõe, para substituir a enfeudação ao Conselho Geral, a conclusão de um “pacto de amizade, solidariedade e defesa mútua entre as federações livres” estabelecendo entre elas uma correspondência direta e uma defesa solidária, para “o bem-estar dessa grande unidade da Internacional”.

O terceiro ponto, o mais conhecido e citado pela tradição, diz respeito à “natureza da ação política do proletariado”: é aí que está dito que “a destruição de todo poder político é o primeiro dever do proletariado”, que “toda organização de um poder político pretensamente provisório e revolucionário para levar a essa destruição só pode ser mais uma enganação, e seria tão perigosa para o proletariado quanto todos os governos hoje existentes”, e que “os proletários de todos os países devem estabelecer, fora de toda política burguesa, a solidariedade da ação revolucionária”. Difícil fazer mais simples, mais claro!

Enfim, voltando ao cotidiano dos trabalhadores, o congresso propõe-se a refletir na “organização universal da resistência e [em] quadros completos da estatística do trabalho […]. Deixando à prática da revolução social os detalhes da organização positiva, entendemos organizar e solidarizar a resistência numa larga escala”.

***


Após os congressos de Haia e de Saint-Imier, as coisas ficaram mais claras, e duas estratégias serão adotadas; ambas sabendo mostrar suas capacidades. Uns escolheram o primado da ação política tradicional e a constituição de partidos operários; era forçosamente matar a Internacional. O que se chamou de Segunda, depois Terceira Internacional, será algo totalmente diferente, a reunião de partidos políticos nacionais professando uma doutrina única ou se submetendo a ela. Os outros optaram pela “solidariedade da ação revolucionária” entre proletários, e sua Internacional viverá vários anos nessa base. Em uma década, a prática e a teoria deram passos de gigante; se, dos antigos militantes, muitos morreram ou se retiraram da vida ativa, grupos e seções adquiriram sua autonomia e prosseguiram a propaganda por todos os meios, malgrado a crise econômica que golpeava a maioria dos ramos industriais. É precisamente por volta de 1880 que se constitui o movimento anarquista propriamente dito; é durante esses anos que vemos surgir as primeiras confederações sindicais, que os partidos socialistas e social-democratas assumem formas modernas. Todavia, não haverá mais organização internacional universal do proletariado.

O último congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores realiza-se em 1877, na Bélgica. O debate concernente aos meios é proposto pelo delegado da Federação regional espanhola nos seguintes termos:

A linha de conduta adotada na Espanha é a propaganda pelo fato e a separação de todas as organizações burguesas. [É proposto solicitar] a opinião das federações quanto a essa maneira de ação. [13]

Recém-criado, o termo “propaganda pelo fato” recobre situações tão dessemelhantes quanto emblemáticas: a intervenção de manifestantes numa igreja de São Petersburgo em dezembro de 1876, a comemoração enérgica da Comuna de Paris nas ruas de Berna, em março de 1877, e, um mês mais tarde, a tentativa de insurreição nos vilarejos de Benevento, na Itália; enfim, no mesmo ano, as greves nas ferrovias americanas, que desembocaram em verdadeiras insurreições em Baltimore e Pittsburgh. Todas as vezes, se a repressão policial ou militar foi feroz, a população acolheu de preferência favoravelmente os movimentos.

O Boletim da Federação jurassiana, então redigido por Paul Brousse e Piotr Kropotkin, teoriza essas novas táticas:

Atacados, que se lute, que se defenda, que se seja vencido, pouco importa! A ideia será lançada, não num papel, não num jornal, não em um quadro, ela não será mais esculpida em mármore, talhada em pedra, nem fundida em bronze: ela avançará, em carne e osso, viva, diante do povo. O povo a saudará em sua passagem. [14]

É esta posição que o congresso internacional de Verviers adota em termos gerais. Desde o ano seguinte, a Federação jurassiana já não participa, mas em seus próprios congressos, ela aprofunda as questões da autonomia, do federalismo e do internacionalismo. Seu canto do cisne será, paradoxalmente, um texto programático: aquele que a Federação da região de Saint-Imier apresenta à discussão do congresso de 1880, pela voz de seu secretário Adhémar Schwitzguébel[15]. Ressaltando notadamente a necessidade da organização “do ponto de vista da ação preparatória da revolução e da ação revolucionária, ela própria”, ele sublinha que

as sociedades de ofício, os círculos de estudo e de propaganda, as federações operárias locais, regionais e internacionais, as conspirações socialistas e revolucionárias são todas formas diversas que satisfazem às necessidades de organizações dos diferentes meios econômicos, políticos e sociais. Não temos, pois, em matéria de organização, forma absoluta; todas têm sua razão de ser seguindo as situações e os objetivos especiais pelos quais elas trabalham para a realização do objetivo geral.

Eis-nos aqui de volta aos agrupamentos multicolores do começo de nossa história: é “a aplicação do princípio de autonomia” e do federalismo que lhe é complementar. Isso também quer dizer que a divergência que a maioria dos historiadores viu, entre a corrente da propaganda pelo fato e a corrente socialista, não tem absolutamente fundamento, que o estudo da química e o da estatística são ambos importantes.

[1] Estatutos da A.I.T., artigo 1.

[2] Miklós Molnar, Le Déclin de la Première Internationale : la conférence de Londres de 1871. Genebra, Droz, 1963, p. 34.

[3] Jacques Toublet, em Réfractions, nº 5, primavera de 2000, atribuindo a Bakunin em pessoa concepções sobre a organização e o militantismo na A.I.T., corre o risco de entrar nesse jogo de oposições ad hominem; ele deveria ao menos ter ressaltado o quanto isso foi inspirado a Bakunin pela frequentação cotidiana das seções do Jura suíço.

[4] La Première Internationale, recueil de documents, Genebra, Droz, 1962, vol. II, pp. 191s.

[5] Ibid, pp. 235s.

[6] Está escrito, com efeito, que “a conquista do poder político tornou-se o primeiro dever da classe operária”; mas se trata de um discurso de abertura e não de um texto fundador.

[7] Molnar, op. cit., p. 93.

[8] Circular a todas as federações da Associação Internacional dos Trabalhadores, La Première Internationale, op. cit., vol. II, p. 263.

[9] James Guillaume, L’Internationale, documents et souvenirs. Paris, Stock, 1910, tomo IV, p. vii.

[11] Ver Augustin Hamon, Le Socialisme et le Congrès de Londres, Paris, Stock, 1897. Ferdinand Domela Nieuwenhuis, Le Socialisme en danger, Paris, Stock, reedição de 1975.

[12] Ata e resoluções in La Première Internationale, vol. III, pp. 3-9. Ver também Marianne Enckell, La Fédération jurassienne, Dole-Saint-Imier, Canevas Éditions, 1991.

[13] La Première Internationale, vol. IV, p. 519. Em relação a este tema, ver notadamente Rentsch, Vincent, “La Propagande par le fait vue à travers la presse anarchiste”, dissertação de mestrado em História, Universidade de Genebra, 1998.

[14] Boletim, 5 de agosto de 1877; citado por Guillaume, op. cit., pp. 226s.

[15] Programme socialiste: mémoire présenté au Congrès jurassien de 1880 par la Fédération ouvrière du district de Bourtelary; Genève, Imprimerie jurassienne, 1880, 32p. No exemplar pertencente ao British Museum, uma nota manuscrita de Kropotkin indica que esse texto seria da mão de Schwitzguébel.